sábado, dezembro 09, 2006


De homenagem oficial
não participo por poucos
holofotes nosso convívio.

Sua presença nos estilhaços
da vidraça além de dezembro
acontece a seu tempo e move
as dunas do pensamento para
o eterno termo do tempo.

A saudade, essa rua escura,
se esgueira cidade adentro e
detém-se na réstia dos bares.

Dono da sua ausência o bafo
fulcro do limite caça cangote
de poetas na madrugada pela
cidade que devora e defeca
ou regurgita na periferia.

Não se trata romântica esta
saudade posta sua presença
aqui apenas sem timbre.

Roberto Bittencourt

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